Poucos fatos alfinetam tanto o ego dos alemães como o reconhecimento de que eles não lideram a corrida tecnológica ao automóvel elétrico. Estima-se que o atraso dos alemães em relação às nações asiáticas, que dominam a produção das baterias de íon-lítio, seja de, no mínimo, dois anos. Uma distância razoável para a tecnologia que pode se tornar padrão no século 21.
Dá para entender o motivo da preocupação: o que está em jogo são as perspectivas econômicas de grande parte das cadeias de produção, hoje emaranhadas com a indústria automobilística. O PIB e o nível de emprego na Alemanha dependem do crescimento da mobilidade individual, em termos globais. É triste, mas, no fundo, há quem ganhe com as ruas de cidades indianas, chinesas e brasileiras, cada vez mais entupidas de automóvel... Mas mudanças tecnológicas drásticas podem mudar a relação entre ganhadores e perdedores.