Cidade sueca vai produzir alimentos nas alturas

Com mais de sete séculos de existência, a pequena cidade de Linkoping, no sul da Suécia, vai ganhar ares futuristas com a construção de sua primeira estufa urbana vertical para a produção de alimentos. Projetado pela empresa sueco-americana Plantagon, o edifício também abrigará um centro internacional para pesquisa de novas tecnologias de agricultura urbana. O prédio, orçado em cerca de 30 milhões de dólares, terá 54 metros de altura, o equivalente a um edifício convencional de 12 pavimentos. Cada andar poderá abrigar uma cultura diferente de vegetais e hortaliças, que chegarão fresquinhos ao comércio local, já que não precisarão percorrer longas distâncias do campo à mesa do consumidor.

Pela proximidade, a agricultura urbana também vai reduzir os gastos com energia, transporte e irrigação. Para se ter uma ideia, uma estufa moderna necessita apenas de 5% a 10% da água e terra usados numa fazenda tradicional. Com uma fachada inteira de vidro, o edifício facilita a entrada de luz solar para a fotossíntese das plantas, que serão cultivadas em vasos dispostos sobre imensas bandejas circulares em torno de uma hélice central.

Mais, resíduos vegetais que sobrarem da “colheita” serão recolhidos e transformados em biogás, fonte de energia para o sistema de aquecimento e arrefecimento do efeito estufa. A construção da estufa vertical, que ainda está em fase de planejamento, já foi aprovada pela prefeitura de Linköping, que realizou uma cerimônia de lançamento da iniciativa no começo do mês. As obras deverão ser concluídas no prazo de dois anos.

A empreitada é mais um exemplo dos esforços em prol do desenvolvimento sustentável da Suécia, que em 2012 foi eleita um dos países mais verdes do mundo, segundo o Environmental Performance Index (EPI), realizado pelas universidades americanas de Columbia e Yale.

Info Verde

O Brasil sediará comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente

Brasília - O Brasil vai sediar as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado no dia 5 de junho. O tema deste ano será Economia Verde: Ela Te Inclui?

As comemorações vão ocorrer três semanas antes de o Brasil sediar a Rio+20, encontro que vai discutir os progressos do desenvolvimento sustentável nos últimos 20 anos, além dos futuros desafios para o meio ambiente.

Há duas décadas, o Brasil sediou as comemorações pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, durante a Cúpula da Terra.

Com informações da Info

Algas marinhas podem virar combustível!

Cientistas do Laboratório de Bioarquitetura e da Universidade de Washington descobriram uma forma de converter algas marinhas em etanol. Para isso, é preciso usar um micróbio geneticamente modificado a partir de uma bactéria comum no nosso sistema digestivo.

Baseado na Escherichia coli, o micróbio é capaz de digerir a alga e transformar os açúcares complexos existentes em sua estrutura em biocombustível. O processo pode ser feito em uma temperatura entre 25 e 30º C. Portanto, não precisa de muita energia.

Essa pode ser uma ótima forma de popularizar ainda mais o etanol. Isso porque algas marinhas crescem de forma abundante embaixo d´água e não interferem no espaço dedicado a outros tipos de cultivo, o que acontece em plantações de milho ou cana, por exemplo.

Outro ponto positivo dessa transformação das algas marinhas é que elas não precisam de fertilizantes ou de irrigação porque já estão submersas. Logo, elas conseguem reter os nutrientes da própria água do mar. Além disso, a estrutura orgânica é muito fácil de ser processada.

O estudo sugere que somente os EUA seriam capazes de produzir 1% do combustível usado atualmente ao cultivar algas marinhas em menos de 1% de seu território marítimo. Não é um volume capaz de abastecer todo o país, mas os pesquisadores a consideram como uma opção considerável, visto que dois terços do planeta estão cobertos de água.

O Laboratório de Bio Arquitetura afirma já ter feito parceria com empresas e especialistas para mostrar que desenvolver o etanol dessa forma é viável economicamente. A Europa também já tem projetos de cultivo de algas marinhas.

Info

BNDES vai financiar tecnologias limpas

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou no dia 14 de fevereiro uma linha de 200 milhões de reais para projetos cujo objetivo esteja relacionado a reduzir emissões de gás carbônico na atmosfera.

O dinheiro faz parte do Fundo Clima, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente. A ideia é cumprir uma meta de redução das emissões brasileiras em 39% até 2020.

O fundo Clima foi criado em 2009, com previsão de uma verba de 800 milhões de reais por ano. No entanto, por problemas burocráticos entre o Ministério e o BNDES, o dinheiro só foi repassado ao banco no final do ano passado. Agora, Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, diz que até 2014 os recursos do Fundo Clima chegarão há 1 bilhão de reais.

Os recursos estão divididos em duas modalidades. A primeira delas é não reembolsável, sob gestão direta do Ministério do Meio Ambiente e em vigor desde o ano passado. Já a segunda modalidade é reembolsável. Ela será operada pelo BNDES e está disponível a partir de agora. Para 2012, o orçamento da parcela reembolsável é de 360 milhões de reais e de 30 milhões de reais para a parcela não reembolsável.

O fundo terá seis linhas de financiamento. São elas: eficiência em transporte, energia renovável, combate à desertificação, melhorias na produção de carvão vegetal, aproveitamento energético do lixo, além de eficiência energética em máquinas e equipamentos. Já os juros variam de 2,5% a 7% ao ano.

Entre as prioridades do fundo está o desenvolvimento de equipamentos de energia de ondas e marés. Empresas interessadas em desenvolver tecnologias de energia limpa também poderão contar com o crédito do banco. Os prazos de financiamento chegam há 25 anos.

Kuwait ganha aeroporto futurista sustentável

O Aeroporto Internacional do Kuwait vai aumentar significativamente sua capacidade e estabelecer um centro aéreo regional no novo Golfo por meio de um projeto sustentável.

O objetivo estratégico do projeto vai ser acompanhado por um edifício terminal, o qual visa fornecer conforto para os passageiros, além de definir um marco ambiental para os aeroportos internacionais.



O design do edifício equilibra o espaço com simplicidade, facilidade de uso e tem uma estrutura inspirada em formas e materiais locais. Ele terá poucas mudanças de nível. O terminal tem um plano de trevo, com três alas de portões de embarque. Cada fachada mede 1,2 km com uma extensão a partir de um espaço central com 25 metros de altura. Já a estrutura de concreto fornece massa térmica e o telhado tem painéis solares para coletar energia.

Ele deve ter um telhado único com aberturas envidraçadas capazes de filtrar a luz do dia, enquanto desviam a radiação solar direta. A cobertura estende a sombra para proteger uma praça de entrada. Ela é suportada por colunas de concreto com formas orgânicas, inspiradas no movimento dos barcos à vela, tradicionais do Kuwait.

Com essa grande reforma, o Kuwait pretende receber a certificação LEED Gold (Leadership in Energy and Environmental Design) e se tornar o primeiro aeroporto do mundo a atingir este nível de certificação ambiental. Esse selo verde representa que a construção é conhecida e aceita internacionalmente segundo práticas sustentáveis.

O local de desembarque terá a área de bagagens cercada por cascatas de água para resfriamento. O paisagismo em torno do aeroporto terá um oásis ao redor do prédio com as espécies nativas de deserto ao longo da estrada de acesso.

O plano diretor foi feito pelo escritório de arquitetura inglês Foster and Partners. Inicialmente, o aeroporto irá acomodar 13 milhões de passageiros por ano, número que pode aumentar para 25 milhões e até acomodar 50 milhões de passageiros com maior desenvolvimento.

Info Noticias

Parede ecológica purifica o ar em escritórios

Passar pelo menos oito horas por dia enclausurado em um escritório sem graça, com carpete no chão, exposto ao ar condicionado frio e, na maioria das vezes, sem contato visual com uma paisagem agradável pode ser um composto explosivo para a saúde e o bem-estar de qualquer pessoa.

Pensando nisso, o Centro de Arquitetura, Ciência e Tecnologia (Case), em Nova York desenvolveu uma parede ecológica que ajuda a melhorar a qualidade do ar e o clima nos escritórios e outros ambientes internos. A técnica baseia-se no processo chamado de fitorremediação, que usa plantas para remover, imobilizar ou tornar inofensivos ao ecossistema contaminantes do solo, água ou ar.

O sistema projetado pelo Case consiste em plantas hidropônicas instaladas em uma tela modular que pode ser deslocada. Em vez de estarem enterradas no solo, as raízes das plantas ficam expostas, o que aumenta a capacidade de purificação do ar em até 300%.

Segundo seus criadores, a parede verde tem efeito benéfico sobre a qualidade do ar semelhante ao de cerca de 800 plantas de vaso. Um canal interno é responsável pela irrigação por gotejamento que fornece água fresca para as plantas.

Outros projetos voltados para a melhoria do clima em ambientes internos têm surgido. Um exemplo recente é o “Plant Window”, dos designers Jianxing Cai, Chao Chen, Qi Wang, & Jiang Wu, uma janela de plantas que funciona como uma cortina que filtra a luz e ainda garante um toque verde ao ambiente.