Voos verdes: novos aviões economizariam até 70% de combustível

A corrida para desenvolver formas mais verdes de voar avança. Enquanto as empresas aéreas anunciam cortes em suas emissões de carbono e tentam implementar práticas pouco convencionais, como “aterrissagens ecológicas”, ou pedir que os passageiros não usem os toaletes, pesquisadores já estão desenvolvendo aviões solares e elétricos experimentais.

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Imagem: ©MIT/Aurora Flight Sciences (Divulgação). 


No entanto,  foi anunciada a criação de protótipos que poderiam significar uma grande mudança na industria da aviação. 

Segundo o Science Daily, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) projetou uma série de aviões que consomem até 70% menos combustível que os tradicionais, geram menos ruído e emissões de óxido de nitrogênio (NOx). 

Os novos modelos foram criados para um programa da NASA que explora diferentes tecnologias para desenvolver aviões que possam responder às exigências aeronáuticas dentro de 25 anos (calcula-se que o número de voos comerciais duplicará até lá). 

Os pesquisadores do MIT trabalharam com o conceito de aviões subsônicos (que voam abaixo da velocidade do som) e criaram dois modelos: um avião para 180 passageiros chamado “double bubble” (foto), para substituir o atual Boeing 737 em voos domésticos, e outro de forma híbrida para voos internacionais, com capacidade para 350 pessoas.

 O primeiro, denominado Série D, reformulou-se a relação entre o tubo e as asas do avião tradicional, criando um corpo mais amplo, com os motores na parte traseira em vez das tradicionais turbinas nas asas. O tamanho das asas e da cauda também foi reduzido. 

Combinando estas inovações com a mudança de velocidade, as aeronaves consumirão menos combustível, apesar de viajarem 10% mais devagar que os 737 atuais. 

Estes projetos são interessantes por sua viabilidade. Segundo o Science Daily, o MIT desenvolveu duas versões sob a nova concepção: uma que economiza até 70% de combustível com tecnologias novas, e outra que consumiria cerca de 50% menos, mas que pode ser construída com as tecnologias e materiais já existentes. Por sua semelhança com os aviões comerciais atuais, eles poderiam ser incorporados à frota mais facilmente que outros modelos experimentais. 

A segunda leva projetada pelo MIT, a Série H, é mais experimental e ainda está em desenvolvimento. Ela usa uma tecnologia semelhante à mencionada na Série D, mas incorpora um novo design triangular para poder transportar mais passageiros.
 
A NASA decidirá qual dos projetos passará para a segunda fase e receberá mais recursos para prosseguir com seu desenvolvimento. Enquanto isso não acontece, o MIT continua a realizar experimentos com empresas privadas.

Trata-se de uma notícia interessante para o mundo da aviação, por se referir a ideias aplicáveis em grande escala e não a pequenos protótipos de naves experimentais. Além de voar de forma sustentável, seria interessante que houvesse avanços também no transporte terrestre. O que você acha?


Fonte: Planet Green

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